Consumo de micronutrientes
abril de 2025
Um estudo publicado em agosto de 2024 no The Lancet Global Health estimou a prevalência global do consumo inadequado de diversos micronutrientes - vitaminas e minerais - essenciais à saúde.
Foram avaliados 34 grupos de indivíduos de 185 países, divididos por sexo e idade, a fim de estimar a inadequação de micronutrientes em 99,3% da população mundial. As estimativas consideraram o consumo proveniente de alimentos não fortificados e excluíram suplementação.
Os resultados mostraram que mais de 5 bilhões de pessoas não ingerem quantidades suficientes de iodo (68%), vitamina E (67%) e cálcio (66%), e mais de 4 bilhões não consomem adequadamente os nutrientes ferro (65%), riboflavina (55%), folato (54%) e vitamina C (53%).
As mulheres apresentaram ingestão mais inadequada que os homens para iodo, vitamina B12, ferro, selênio, cálcio, riboflavina, vitamina E e folato, enquanto o consumo dos homens foi mais inadequado para magnésio, vitamina B6, zinco, vitamina C, vitamina A, tiamina e niacina.
À exceção do consumo de sal iodado por 89% da população mundial, a fortificação de alimentos é incomum globalmente. Para grupos vulneráveis, como gestantes, crianças e idosos, é um tanto comum a suplementação de ferro, folato, vitamina A, cálcio, entre outros.
Porém, para a maioria da população global, quando desprovida de fortificação ou suplementação, o consumo geral dos micronutrientes avaliados mostrou-se, segundo o estudo, bastante insuficiente.
A nutrição não se reduz a nutrientes, e muito menos aos macronutrientes: carboidratos, lipídios e proteínas. Deficiências de micronutrientes estão entre as formas mais comuns de desnutrição no mundo, contribuem para a morbidade e a mortalidade, e são um desafio para a saúde pública.
Portanto, o estímulo à adoção de uma alimentação variada, com alimentos dos diferentes grupos alimentares, não é por acaso. É para prover mais facilmente ao corpo aquilo que ele precisa.
Veja o estudo