Alimentos ultraprocessados
Um estudo publicado em fevereiro de 2024 no The Brithish Medical Journal explorou as associações entre a exposição a alimentos ultraprocessados e o risco de desfechos negativos para a saúde.
Os autores revisaram sistematicamente as evidências fornecidas por 45 meta-análises de estudos epidemiológicos observacionais, e os dados avaliados abrangeram a quase 10 milhões de participantes.
Este grande estudo encontrou resultados consistentes de que existe um maior risco de desfechos adversos para a saúde associados a uma maior exposição aos alimentos ultraprocessados.
Foram detectadas associações diretas com 32 parâmetros de saúde, incluindo mortalidade, câncer e problemas de saúde mental, respiratória, cardiovascular, gastrointestinal e metabólica.
As evidências mais fortes referiram-se a associações diretas entre a maior exposição a alimentos ultraprocessados e riscos mais elevados de mortalidade por todas as causas, mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares, desfechos negativos em transtornos mentais comuns, excesso de peso, obesidade e diabetes do tipo 2.
Os resultados do estudo suportam a necessidade urgente de ações de saúde pública no sentido de direcionar e reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, para melhorar a saúde da população.
Este grande e importante estudo é publicado na altura em que a 2ª Edição do Guia Alimentar para a População Brasileira completa 10 anos. Desde 2014 este Guia incentiva o consumo de alimentos in-natura e minimamente processados, como base para uma alimentação saudável.
Veja o estudo