Alimentação e genética
É provável que você já saiba que os hábitos alimentares são importantes para a saúde. Porém, você já parou para pensar que a alimentação pode ajudar a acelerar ou retardar o desenvolvimento de situações clínicas para as quais estamos predispostos geneticamente?
Todos nós herdamos um conjunto de genes que definem as nossas características. Isto é facilmente compreendido quando se tratam de atributos físicos externos, como cor dos olhos, tamanho e formato do corpo, por exemplo. Porém, a genética também contribui para as nossas características internas e metabólicas, que regulam o organismo. Sendo assim, os genes podem ser co-responsáveis pelo surgimento de doenças.
A alimentação pode interagir com a genética, bem como interferir no metabolismo humano e colaborar para que certas patologias se manifestem ou não, mais cedo ou mais tarde, de forma mais grave ou mais branda. É como se os alimentos e os nutrientes pudessem ativar ou inativar condições que estão pré-programadas no DNA das pessoas. Entretanto, o grau em que os componentes alimentares colaboram para prevenir ou causar patologias ainda é desconhecido.
Aqui falamos das doenças crônicas e multifatoriais, ou seja, daquelas que são causadas pela combinação de fatores genéticos e ambientais. Como exemplo temos a obesidade, as doenças cardiovasculares e o câncer. A dieta é um fator de risco ambiental para estas doenças, dos mais importantes. Ao contrário da herança genética, a alimentação é um fator de risco modificável, e ao qual estamos muito expostos, pois nos alimentamos todos os dias, e várias vezes ao dia.
Em vez de nos tornarmos reféns dos nossos genes, podemos nos dedicar a mudar o rumo da nossa história genética por meio da adoção de melhores hábitos alimentares.
Faça escolhas alimentares que impactem positivamente na genética e na saúde.
Para consultar referências sobre o tema abordado, consulte os links abaixo:
Curr Nutr Rep. 2020;9(4):338-345
Crit Rev Food Sci Nutr. 2018;58(17):3030-3041